segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fonética e Fonologia

CAPÍTULO 2: TEORIA ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DA FALA (IN: Kent & Read,
1992) Tradução de Alexsandro R. Meireles (alexsandro_meireles@hotmail.com)
Este capítulo resume uma teoria conhecida na literatura fonética como teoria fonte-filtro
linear da produção da fala. O livro Acoustic Theory of Speech Production de Fant
(1960a) serve como referência básica. Esta teoria é importante para se entender as relações
acústico-articulatórias, bem como fornece fundamentos para muitos procedimentos
necessários a uma análise acústica da fala. Somente linhas gerais da teoria serão
apresentadas aqui. O leitor que precisar de uma descrição mais detalhada deve ler o livro de
Fant, que é altamente recomendado para qualquer interessado na acústica da fala. A teoria
acústica da fala apresentada aqui será discutida em termos das seguintes principais classes
sonoras: vogais, fricativas, nasais, oclusivas, africadas, líquidas, ditongos e semivogais. As
três primeiras – vogais, fricativas e nasais – serão discutidas mais detalhadamente, pois
ilustram princípios que podem ser aplicados a outras classes sonoras. Por exemplo, a
semivogal /w/, como em "way", pode ser entendida como uma modificação da teoria da
produção de vogais.
Alguns diagramas simples ajudarão a identificar as principais características de
interesse. Vogais são sons produzidos com vibração laríngea (de modo que o vozeamento é
a fonte de energia) e com o aparelho fonador relativamente aberto, modificado para
produzir padrões específicos de ressonâncias (de modo que o aparelho fonador inteiro
funciona como um filtro, ou um sistema de transmissão selecionador de freqüências). Um
diagrama geral para as vogais é dado na figura 2-1a. Modificações deste diagrama serão
usadas para modelar as líquidas e as semivogais. As fricativas são produzidas com uma
constrição estreita em algum ponto do aparelho fonador, como retratado na figura 2-1b. O

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